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sábado, 30 de outubro de 2010

Esse texto que segue é um resumo do capitulo ll do livro Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da Educação, autora: Teresa Cristina Rego, 1995, feito pela aluna Laura Rayanne.
Todos os resumos dos alunos ficaram muito bons. Parabéns a todos! Parabéns a Laura!


CAPITULO II
A CULTURA TORNA-SE PARTE DA NATUREZA HUMANA
Vygotsky dedicou-se à analise de diversos temas relacionados a seu problema central, dentre eles, a crise da psicologia, as diferenças entre o psiquismo animal e humano. As propostas de Vygotsky foram aprofundadas por seus colaboradores. Nossa intenção é possibilitar ao leitor uma analise geral e necessariamente introdutória, que estimule a consulta, o estudo e o aprofundamento da obra desse importante autor.
O PROGRAMA DE PESQUISA
A teoria histórico-cultural do psiquismo, também conhecida como abordagem sócio-interacionista elaborada por Vygotsky, tem como objetivo central‘’caracterizar os aspectos tipicamente humanos do comportamento e elaborar hipótese de como essas características se formaram ao longo da historia humana e de como se desenvolvem durante a vida de um indivíduo’’ (Vygotsky, 1984).
Este projeto objetivava dar respostas a três questões fundamentais que, segundo ele, vinham sendo tratadas de forma inadequada pelos estudiosos interessados na psicologia humana e animal. A primeira se referia à tentativa de compreender a relação entre os seres humanos e o seu ambiente físico e social. A segunda, à intenção de identificar as formas novas de atividade que fizeram com que o trabalho fosse o meio fundamental de relacionamento entre o homem e natureza, assim como examinar as consequências psicológicas dessas formas de atividade. A terceira e a ultima questão se relacionava à analise da natureza das relações entre o uso de instrumentos e o desenvolvimento da linguagem (Vygotsky, 1984).
Desse modo, podemos considerar que seus trabalhos pertencem ao campo da psicologia genética, já que se preocupou com o estudo da gênese, formação e evolução dos processos psíquicos superiores do ser humano se constitui ao longo da vida do sujeito. A psicologia genética estuda a infância justamente para tentar compreender a formação dos complexos processos psíquicos e das etapas pelos quais eles passam em sua evolução.
PRINCIPAIS IDEIAS DE VYGOTSKY
A primeira tese se refere à relação indivíduo/sociedade. Vygotsky afirma que as características tipicamente humanas não estão presentes desde o nascimento do indivíduo, nem são mero resultados das pressões do meio externo.
A segunda é decorrência da ideia anterior, e se refere à origem cultural das funções psíquicas. A cultura é, portanto, parte constitutiva da natureza humana, já que sua característica psicológica se da através da internalização dos modos historicamente determinados e culturalmente organizados de operar com informações.
A terceira tese se refere à base biológica do funcionamento psicológico:o cérebro, visto como órgão principal da atividade mental.
O quarto postulado diz respeito à característica mediação presente em toda atividade humana. São os instrumentos técnicos e os sistemas de signos, construídos historicamente, que fazem a mediação dos seres humanos entre si e deles com o mundo.
A quinta tese postula que a analise psicológica deve ser capaz de conservar as características básicas dos processos psicológicos, exclusivamente humanos.
DIFERENÇAS ENTRE O PSIQUISMO DOS ANIMAS E DO HOMEM
Vygotsky e seus seguidores identificam basicamente três traços característicos no comportamento do animal que o diferencia do psiquismo do humano, a saber: “Diferentemente do comportamento humano, todo comportamento animal conserva sua ligação com os motivos biológicos.”
Num experimento propuseram a vários chimpanzés o seguinte problema: colocaram uma banana num lugar alto porem visível aos animais e deixaram à disposição vários caixotes para que eles pudessem empilhar, para sobre eles trepar e alcançar o alimento. Este experimento demonstra que o anima não consegue organizar uma ação comum, pois cada um busca, instintivamente, saciar sua necessidade e, como consequência, não estabelece relações com seus semelhantes.
São inúmeros os exemplos que ilustram a independência do comportamento do ser humano em relação aos motivos biológicos: devido a convicções políticas ou religiosas, o homem é capaz, por exemplo, de jejuar, fazer sacrifícios, se autoflagelar e até morrer, ou seja atrás do controle intencional do seu comportamento, além de não se sujeitar a eles, ele reprime e até contraria suas necessidades puramente biológicas.
Uma das principais características que distingue radicalmente o homem dos animais é justamente o fato de que, além das definições hereditárias e da experiência individual, a atividade consciente do homem tem uma terceira fonte, responsável pela grande maioria dos conhecimentos, habilidades e procedimentos comportamentais: a assimilação da experiência de toda a humanidade, acumulada no processo da historia social e transmitida no processo de aprendizagem. Podemos entender que, nesta perspectiva, o desenvolvimento do psiquismo animal é determinado pelas leis da evolução biológica e do ser humano está submetido às leis do desenvolvimento sócio-histórico.
AS RAÍZES HISTÓRICO-SOCIAIS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO E A QUESTÃO DA MEDIAÇÃO SIMBÓLICA
Compreender a questão da mediação, que caracteriza a relação do homem com o mundo e com os outros homens, é de fundamental importância justamente por que é a através deste processo que as funções psicológicas superiores, especificamente humanas, se desenvolvem. Vygotsky distingue dois elementos básicos responsáveis por essa mediação: o instrumento, que tem a função de regular as ações sobre os objetos e o signo, que regula as ações sobre o psiquismo das pessoas.
Vygotsky esclarece que o uso de instrumentos e dos signos, embora diferentes, estão mutuamente ligados ao longo da evolução da espécie humana e do desenvolvimento de cada indivíduo. Ele também faz uma interessante comparação entre a criação e a utilização de instrumentos como auxilio nas ações concretas e os signoa, que ele chama de “instrumentos psicológicos”, que tem a função de auxiliar o homem nas suas atividades psíquicas.
Com o auxilio dos signos, o homem pode controlar voluntariamente sua atividade psicológica e ampliar sua capacidade de atenção, memoria e acumulo de informações.
O surgimento da linguagem imprime mudanças essenciais nos processos psíquico do homem, como se relacionar ao fato de que a linguagem permite lidar com o objetos do mundo exterior mesmo quando eles estão ausentes.
Desse modo, os sistemas simbólicos, especialmente a linguagem, funcionam como elementos mediadores que permitem a comunicação entre os indivíduos. É por essa razão que Vygotsky afirma que os processos de funcionamento metal do homem são fornecidos pela cultura, através da mediação simbólica.
O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA
Segundo Vygotsky, a primeira tendência compara o estudo da criança à botânica, ou seja, entende que o desenvolvimento da criança depende de um processo de maturação do organismo como um todo. Esta concepção se apoia na ideia de que “a mente da cirnaça contem todos os estágios do futuro desenvolvimento intelectual: eles existem já na sua forma completa, esperando o momento adequado para emergir” (Vygotsky, 1984).
As características individuais depende da interação do ser humano com o meio físico e social. Vygotsky chama atenção para a ação reciproca existente entre o organismo e o meio e atribui especial importância ao fator humano presente no ambiente.
Dessa forma, no processo da constituição humana é possível distinguir “duas linhas qualitativamente diferentes de desenvolvimento, diferindo quanto à sua origem: de um lado, os processos elementares, que são de origem biológica; de outro as funções psicológicas superiores, de origem sócio-cultural. A historia do comportamento da criança nasce do entrelaçamento dessas duas linhas” (Vygotsky, 1984).
A fala tem um papel fundamental de organizadora da atividade pratica e das funções psicológicas humanas. Segundo ele, a verdadeira essência do comportamento humano complexo se da a parir da unidade dialética da atividade simbólica e a atividade pratica.
RELAÇÕES ENTRE PENSAMENTOS E LINGUAGEM
O estudo das relações entre pensamento e linguagem é considerado um dos temas mais complexos da psicologia. Vygotsky se dedicou a este assunto durante muitos anos de sua vida. Ele e seus colaboradores trouxeram importantes contribuições sobre o tema, principalmente no que se refere à questão da compreensão das raízes genéticas da relação entre o pensamento e a linguagem.
Antes de aprender a falar a criança demonstra uma inteligência pratica que consiste na sua capacidade de agir no ambiente e resolver problemas práticos, inclusive com o auxilio de instrumentos intermediários, mas sem a mediação da linguagem. Segundo Vygotsky, esse é o estagio pré-linguistico do desenvolvimento do pensamento.
Primeiramente a criança utiliza a fala como meio de comunicação, de estabelecimento de contato com outras pessoas. Para a resolução de um problema, por exemplo, a criança faz apelos verbais a um adulto. Nesse estagio a fala é global, tem múltiplas funções, mas não serve ainda como um planejamento de sequencias a serem realizadas; assim não é utilizada como um instrumento do pensamento. Vygotsky chamou essa fala de discurso socializado.
Ao aprender a usar a linguagem para planejar uma ação futura, a criança consegue ir além das experiências imediatas.
Como foi possível verificar, na perspectiva esboçada, o domínio da linguagem promove mudanças radicais na criança, principalmente no seu modo de se relacionar com o seu meio, pois possibilita novas formas de comunicação.
A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA
Vygotsky afirma que não é somente através da aquisição da linguagem falada que o individuo adquire formas mais complexas de se relacionar com o mundo que o cerca. O aprendizado da linguagem escrita representa um novo e considerável salto no desenvolvimento da pessoa.
Sendo assim, o aprendizado da linguagem escrita envolve a elaboração de todo um sistema de representação simbólica da realidade. É por isso que ele identifica uma espécie de continuidade entre as diversas atividades simbólicas.
INTERAÇÃO ENTRE APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO: A ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
Como vimos até agora, Vygotsky não ignora as definições biológicas da espécie humana. No entanto, atribui uma enorme importância à dimensão social, que fornece instrumentos e símbolos.
Vygotsky identifica dois níveis de desenvolvimento: um se refere às conquistas já efetivadas, que ele chama de nível de desenvolvimento real ou efetivo, e o outro, o nível de desenvolvimento potencial, que se relaciona às capacidades em vias de serem construídas.
A distancia entre aquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma e aquilo que ela realiza em colaboração com os outros elementos de seu grupo social caracteriza aquilo de Vygotsky chamou de “zona de desenvolvimento potencial ou proximal”.
Segundo ele, o aprendizado de modo geral e o aprendizado escolar em particular, não só possibilitam como orientam e estimulam processos de desenvolvimento.
O PROCESSO DE FORMAÇÃO DE CONCEITOS E O PAPEL DESEMPENHADO PELO ENSINO ESCOLAR
Este é um tema de extrema importância nas proposições de Vygotsky, pois integra e sintetiza suas principais teses acerca do desenvolvimento humano.
De acordo com ele, o desenvolvimento e a aprendizagem estão inter-relacionados desde o nascimento da criança. Como já mencionamos, desde muito pequenas, através da interação com o meio físico e social, as crianças realizam uma serie de aprendizados.
Para explicar o papel da escola no processo de desenvolvimento do indivíduo, Vygotsky faz uma importante distinção entre os conhecimentos construídos na experiência pessoal, concreta e cotidiana das crianças, que ele chamou conceitos cotidianos ou espontâneos e aqueles elaborados na sala de aula, adquiridos por meio de ensino sistemático, que chamou conceitos científicos.
O processo de formação de conceitos, fundamental no desenvolvimento dos processos psicológicos superiores, é longo e complexo, pois envolve operações intelectuais dirigidas pelo uso das palavras.
Vygotsky ressalta, no entanto, que, se o meio ambiente não desafiar, exigir e estimular o intelecto do adolescente, esse processo poderá se atrasar ou mesmo não se completar, ou seja, poderá não chegar a conquistar estágios mais elevados de raciocínio.
A FUNÇÃO DA BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
É interessante observar que, para Vygotsky, o ensino sistemático não é o único fator responsável por alagar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. A imaginação é um modo de funcionamento psicológico especificamente humano que não está presente nos animais nem na criança muito pequena.
A criança passa a criar uma situação ilusória e não imaginária como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis. Esta é, aliás, a característica que define o brinquedo de um modo geral. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não apenas ao universo dos objetos a que ela tem acesso.

sábado, 9 de outubro de 2010

Psicogênese de Piaget

TEORIA DE PIAGET

Esse método defende que o indivíduo passa por várias etapas de desenvolvimento cognitivo ao longo da sua vida, isso se dá através da equilibração entre a assimilação e a acomodação tendo como resposta a adaptação a nova experiência Piaget entende que existe uma conjuntura de relações interdependentes entre o sujeito conhecedor e o objeto a conhecer. Alguns fatores influenciam esse processo, tais como a maturação do organismo, a experiência com objetos, a vivência social e, sobretudo, a equilibração do organismo ao meio.

Toda apreensão do conhecimento se dá através de um desequilíbrio , o organismo tenta se equilibrar eliciando esforços para que a adaptação se restabeleça. Essa busca por adaptação envolve dois mecanismos indissociáveis e complemetares: a assimilação e a acomodação.

A assimilação consiste na tentativa do indivíduo em solucionar as situações a partir da estrutura cognitiva.

A acomodação consiste na capacidade de modificação da estrutura mental antiga alocando o novo objeto do conhecimento.

No entanto, esse processo de transformação vai depender do indivíduo elaborar e assimilar as suas interações com o meio, isso porque a conquista da equilibração tem haver, segundo Piaget, com os níveis de desenvolvimento cognitivo,para ele, esses níveis são divididos em 4 estagios:

1 estágio: Sensório-motor (0 a 2 anos) as funções mentais limitam-se ao exercício dos reflexos inatos, o universo fica restrito mediante a percepção e os movimentos (como a sucção, o movimento dos olhos, por exemplo).

2º estágio Pré-operatório (2 a 7 anos) aparece a função simbólica ou semiótica que emergência na linguagem,mas embora a criança apresente condição de atuar de forma lógica ela apresentará um entendimento desequilibrado da realidade.

3º estágio: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos) neste período vemos que a criança apesar de integrar-se de modo lógico e coerente, é incapacidade de se colocar no lugar dos outros, criando um egocentrismo intelectual e social.

4º estágio: Operações formais (11 ou 12 anos em diante) já consegue raciocinar sobre hipóteses e formar esquemas conceituais.

domingo, 3 de outubro de 2010

Psicanalise


A psicanálise nasce na Áustria como Sigmund Freud (1856 – 1939). Sigmund Freud era médico em Viena e utilizava a psicanálise na sua prática médica, recuperando a importância da afetividade.
O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise investigando “processos misteriosos” do psiquismo, as “regiões obscuras”(fantasias, dos sonhos, esquecimentos ) como problemas científicos. Quebrando, assim, com a tradição da psicologia como ciência da consciência e da razão.
Freud ao tratar a paciente chamada Ana O. que sofria de distúrbios somáticos que produziam paralisia com contratura muscular, inibições e dificuldade de pensamento. Ana O. cuidava do pai doente e tinha conflitos com relação aos sentimentos com relação ao pai e sua doença. Tinha pensamentos e afetos em relação ao desejo de que o pai morresse. Estas idéias e pensamentos foram reprimidos e substituídos por sintomas que só eram esclarecidos sob hipnose, onde a paciente relatava as suas origens. Segundo Freud a rememoração destes sintomas fazia com que eles desaparecessem. Pouco tempo depois Breuer descobre a terapia catártica, pressupunha que o paciente fosse hipnotizável e se baseava na ampliação da consciência que ocorre na hipnose. Tinha por alvo a eliminação dos sintomas patológicos emergindo no doente hipnotizado lembranças, pensamentos e impulsos excluídos de sua consciência.
Freud ao falar de aparelho psíquico propõe primeiramente a divisão em inconsciente, pré-consciente e consciente, sendo o inconsciente dividido em Id, Ego e Superego.

O Id, instinto primitivo é a forma de ação e reação onde a pessoa se expressa sem ao menos pensar, bastante destacado em crianças é a forma irracional da mente que faz as pessoas agirem de forma impulsiva e irracional
O Ego, é a parte consciente do aparelho psíquico que faz com que um indivíduo consiga regular as ações e reações. Agindo sempre entre o Id e Superego , denominado equilibrador das forças irracionais e racionais

O Superego atua influenciado por regras, crenças, leis morais, ética e limitam as ações e reações. Ele é denominado repressor do Id,pois faz com que pensemos nas conseqüências, busca através do Ego reprimir o Id para que nenhuma ação e reação sejam realizadas irracionalmente.
Freud na prática da clinica investigou e descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual localizados na vida infantil. Isso colocou a sexualidade no centro dos estudos da vida psíquica. Os principais aspectos dessas descobertas foram que a função sexual existe desde o principio da vida.

Freud postulou as fases do desenvolvimento sexual em:

Fase oral – zona de erotização é a boca,

Fase anal – zona de erotização é o ânus,

Fase fálica – zona de erotização é o órgão sexual,

Latência – caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, um intervalo na evolução da sexualidade,

Fase genital – quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao individuo, o outro.

No decorrer dessas fases vários processos e ocorrências acontecem, essas ocorrências deixam marcas profundas na estruturação da pessoa eventos como o complexo de Édipo onde a mãe é objeto de desejo do menino e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado.

Freud construiu vários conceitos; para ele inicialmente todas as cenas relatadas pelos pacientes tinham de fato ocorrido, posteriormente descobriu que essas informações poderiam ter sido imaginadas.
Freud concebeu para o funcionamento psíquico três pontos de vista: o econômico, o tópico, e o dinâmico onde no interior do psiquismo existem forças que entram em conflito onde a origem dessas forças é a pulsão. A pulsão é um estado de tensão que busca através de um objeto a supressão desse estado.
Segundo Freud as lembranças recalcadas na sua tenra idade causam um mal estar provocando um sentimento de culpa, ou apenas uma espécie de ansiedade, que impede de praticar certas ações. Também a obsessão constitui um obstáculo aos seus impulsos, o neurótico se agarra a ela, sente que a obsessão o protege contra as tendências inconscientes.
Os principais Mecanismos de Defesa psicológicos descritos são: repressão, negação, racionalização, formação reativa, isolamento, projeção, regressão e sublimação (Anna Freud, 1936; Fenichel, 1945). Todos estes mecanismos podem ser encontrados em indivíduos saudáveis, e sua presença excessiva é, via de regra, indicação de possíveis sintomas neuróticos.
Repressão
A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa provocadora de ansiedade, mantendo-a à distância (no inconsciente) qualquer "manipulação" possível desse material. Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas.
Negação
Negação é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que na verdade nunca aconteceram, mais tarde, pode lembrar-se do incidente de maneira diferente e, de súbito, dar-se conta de que a primeira versão era uma construção defensiva.
RacionalizaçãoRacionalização é o processo de achar motivos lógicos e racionais aceitáveis para justificar comportamentos e pensamentos que na realidade não são recomendáveis ou aceitaveis.

Formação Reativa
Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que são diametralmente opostos ao desejo real. Trata-se de uma inversão clara e inconsciente do verdadeiro desejo.

Projeção
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se originam em si próprio, onde os aspectos da personalidade de um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
RegressãoRegressão é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais simples ou mais infantil. É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para um espaço psicológico seguro.

Sublimação
Os impulsos e instintos constrangedores é são canalizados para atividades socialmente meritosas. A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte.

Deslocamento
A finalidade inicial de uma pulsão é substituída por outra diferente e socialmente aceitavel. Por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o outro, durante uma discussão, entretanto atira ao chão um copo.